domingo, 26 de junho de 2011

A BOCHA COMO RECUPERAÇÃO

Otávio Cícero Pinto protagoniza outra história de superação. O jovem de 18 anos, morador de Carua ru (PE), nasceu com a síndrome de Duchenne, que o colocou em uma cadeira de rodas no início da adolescência. Dois irmãos também tiveram o mesmo diagnóstico, sendo que um deles morreu. Com o objetivo de motivar os dois filhos, Márcia Belo Pinto conheceu a Associação dos Portadores de Deficiência de Caruaru (APODEC). Lá, Otávio e o irmão Weverton Belo conheceram a bocha e se encantaram. Há cinco anos, a dupla treina e se profissionaliza. Otávio tornou-se atleta na classe BC3 e já coleciona medalhas e troféus em campeonatos regionais. "O esporte me abriu horizontes. Por meio da competição, pude conhecer novos lugares, como Brasília e Curitiba, além de conquistar amigos por todos os cantos", comemora. Com os treinos constantes, a doença estabilizou: não comprometeu músculos saudáveis e corrigiu o alinhamento do seu tronco. O sonho do esportista é conquistar uma vaga na seleção brasileira, por isso os treinos são intensos visando esse objetivo.
Infelizmente, a equipe de Caruaru não possui espaço físico para continuar os treinos. "A previsão do retorno das atividades é abril, porque estamos em negociação com a prefeitura sobre a liberação de espaços em colégios da rede municipal de ensino. Vamos treinar nem que seja na rua, já que iremos competir no Regional Norte e Nordeste, em junho, em João Pessoa (PB)", fala Esnane da Silva, diretor de esportes da APODEC.
A nova geração
Dirceu José Pinto, campeão paraolímpico e mundial de bocha, está se preparando para a Copa do Mundo de 2011, em BelFast, na Irlanda do Norte. Ele joga há nove anos e diz que é muito bom ver novos atletas se dedicando a esse esporte. "Hoje, as condições são melhores, já temos equipamentos que são utilizados pelos times europeus. Essa facilidade motiva jovens a conhecerem e praticarem a modalidade. Os que se destacam e chegam ao nível de seleção, passam a receber bolsas que custeiam as despesas", afirma.
Dirceu José Pinto -Campeão paraolímpico e mundial de bocha
Ganhador de medalha de ouro na categoria individual nas Paraolimpíadas de Pequim e parceiro de Eliseu Santos na conquista de outra medalha, Dirceu ajuda a divulgar o esporte no Brasil. Para o professor Ivaldo Brandão, presidente da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE), os resultados são animadores. "Apesar da carência em relação à divulgação, nossas últimas medalhas fizeram a imprensa dar um pouco mais de atenção à modalidade. Todo tipo de divulgação é válida, já que se trata de um esporte que realmente muda a vida de pessoas", conclui. Brandão acredita que a bocha será destaque nas Paraolímpiadas de Londres, pois os olhos de todos estarão voltados para o desempenho das equipes, já visando os jogos que acontecerão no Rio de Janeiro, em 2016. "O Ministério do Esporte precisa nos dar mais atenção, pois fazemos milagres com verba curtíssima e mesmo assim, estamos cada vez melhores. O esporte tem alcançado municípios, os mais carentes do País, e o número de jogadores cresce a cada ano. Esse é o jogo da inclusão, porque qualquer pessoa com deficiência física pode participar, com adaptações ou não."
O campeão Dirceu deixa um recado para os iniciantes: "A primeira atitude que o atleta deve tomar é sair de casa, perder a vergonha da sua deficiência e dedicar-se com muito empenho ao esporte. Eu mesmo treino até 12 horas por dia. Por mais difícil que seja, devemos buscar o melhor, porque o resultado certamente será positivo, em todos os sentidos"

Fonte:Revista Sentidos

sábado, 25 de junho de 2011

CLUBE IPIRANGA DO TATUAPÉ

Fundado em 07 de setembro de 1955, o Clube Ipiranga do Tatuapé que há muito anos foi um clube de futebol, cedeu seu espaço para a bocha, que hoje é um dos grandes clubes de Bocha do Tatuapé.
O Presidente o Sr. Rafael Gonzaga dos Anjos nos seu 72 anos, fala com muito orgulho de sua luta pela bocha e pela vida do Ipiranga do Tatuapé, em suas paredes repletas de troféus e quadros de fotografias guarda muitas histórias que com muita emoção ele relembra os tempos em que começou a bocha.
Atleta de futebol jogava no time do Estrela de Prata, que ficava perto de onde é hoje a Praça Silvio Romero, casou-se e foi morar próximo de onde é hoje o Ipiranga do Tatuapé.
Lembra que no ano de 1970 comprou um terreno na Rua Edmundo Xavier e doou para o clube e que na época era só barro, não tinha a estrutura que tem hoje no local.
Ele conta que quem começou com esse esporte foram, o pessoal que vinham do interior que ensinou a bocha para o pessoal da cidade e foram pegando o gosto pelo esporte.
Antes de se instalar no local onde é hoje, o Ipiranga do Tatuapé passou por vários locais da região, já que o bairro era dividido por varias chácaras, com terra para todo lado e muitos campos de futebol.
Com o tempo mudou toda a estrutura do clube e sem perder a simplicidade e com muita humildade o “Ipiranguinha” como é carinhosamente chamado pelo Sr. Rafael, além da prática de bocha, é ponto de encontro de seus amigos de infância que vem para jogar um baralhinho e conversar, comer aquele pastelzinho que modesta parte é uma delicia diz o Sr. Rafael, assistir os jogos de futebol na televisão que tem instalado em lugar privilegiado.
Aos domingos quando têm jogos na sede ele prepara um almoço especial para agradar os adversários e mesmo perdendo ou ganhando a alegria que serve seus convidados é a mesma.
E quando fala de suas equipes ele menciona que é muito rigoroso com eles, cobra a presença nos dias de jogos e diz que tem um técnico que além de ser duro com os atletas é uma pessoa muito querida entre o grupo e também com os membros das outras equipes é o Sr. José Carlos de Oliveira, carinhosamente conhecido como “Zé Galinha”.
O Sr. Rafael tem orgulho em falar de seus amigos que estão freqüentemente no clube entre eles estão: Carrasco, Sr. Antônio, Pirão, Caminhão, Sr. João, Cabelo, Paraná, Coquinho, Sr. Raimundo, Lúcio e seu amigo e vizinho Sr. José Antônio da Silva que o ajudam na preparação dos almoços e lanches, entre outros.
Presidente do Clube- Sr. Rafael Gonzaga dos Anjos
Lúcio e  Sr.José



   



quinta-feira, 23 de junho de 2011

CCABAM- Clube da Comunidade da Associação de bocha dos Aposentados da Mooca

Presidente do CCABAM - Sr.João Domingues
    

 Bocha é o principal esporte da ABAM.
Clube da amizade com bocha, tranca, dominó, sinuca.
O ABAM está sendo renovado, com freqüentadores mais novos de idade.
Para uma formação de um clube escola, precisa-se de mais espaço.
São realizados muitos eventos durante o ano.
Noite da Pizza nas sextas feiras e almoço todos os sábados.
A cada dois meses o ABAM patrocina a festa dos aniversariantes.
Tem baile dançante a cada 4 ou 5 meses.
Porco no Rolete todo ano (entre agosto e outubro)
Festa de Confraternização no Final de Ano.


O Sr.Henrique Ruiz Gimenes (tesoureiro),veio convidado por amigos e não deixou o clube devido à amizade, por ser um ambiente familiar e não suporta ficar em bar, prefere vir ao clube. Já participou da diretoria de outros clubes.
“Pra quem não conhece a Bocha, é um refresco para a mente, unindo pessoas de 12 a 90 anos.”
O Sr.Manoel da Cruz (76), sócio a mais de 25 anos, conta:


O clube começou num terreno à céu aberto (campo de terra), as bolas eram guardadas na Padaria, na rua Itaqueri (hoje centro de esporte do condomínio Inocoop).
O condomínio comprou o terreno e a bocha foi expulsa do terreno, então foi alugado um barracão na rua dos campineiros e foi feito o clube, ali tinha que se pagar aluguel, água, luz. Houve muito sofrimento com corte de luz, água e falta do dinheiro para pagar o aluguel. A associação só progrediu graças ao Sr. Daniel Bellot e Miguel Conversanni.
Para o levantamento do clube foram realizados shows, onde os artistas se apresentavam gratuitamente, com Inezita Barroso, Irmãs Galvão, Tunico e Tinoco, onde tudo era patrocinado pela Empresa Antártica.
Com isso foram conseguindo permanecer no local e pagando as contas.
Após esse período a sede atual foi estabelecida em uma praça.
A praça foi invadida pelos membros do Clube, a Prefeitura tentou recuperar ao terreno, mas não conseguiram, e o clube permaneceu nesse local.
Aos poucos o clube foi se estruturando.


Atualmente conta com a Presidência do Sr. João Domingues, que conseguiu nesses anos a colaboração de todos os sócios e patrocinadores, tornando-se um clube totalmente familiar que reúne suas famílias nos almoços de sábado.
Como diz o senhor Manuel não dá para ficar em casa de “cabeça vazia”. “Hoje reúne os aposentados para jogar a bocha ou mesmo para jogar conversa fora com os amigos”.


              
Equipe CCABAM


BOCHA PARAOLÍMPICA

Quando falamos em Bocha, sempre pensamos em nossos avós, com os amigos jogando esta pacata modalidade esportiva. A regra é simples: ganha quem deixar suas bolas mais próximas do bolin, bola menor que serve de alvo.

Claro que existem torneios de Bocha em todo o Brasil.
Um que sempre ouço falar é o dos Jogos Abertos do Interior, com disputas acirradas e “acaloradas”.
Mas, tenho quase certeza de que poucos sabem que este esporte é uma modalidade paraolímpica. Isso mesmo, pessoas com diversos tipos de deficiência praticam a Bocha, claro, que de acordo com suas limitações.

As primeiras competições de bocha adaptadas no campo da deficiência aconteceram na Dinamarca em 1982.
Existem diversas versões sobre a origem do jogo do bocha. Uma delas, se remota aos romanos. Outras situam sua origem na época mais tarde no século XVI, na península itálica. Também há quem atribua uma origem francesa, com a derivação do jogo da petanca.
Jogar bocha, consiste em lançar bolas adaptadas fabricadas com areia e revestimento de pelica que se adaptam a empunhadura dos portadores de paralisia cerebral. As bolas de bocha são construídas nas cores azul e vermelha, durante o jogo o atleta deverá ter como objetivo lançar seus bochas com intenção de que aproximem máximo possível da bola branca que será o ponto para aproximação das outras bolas. A bocha se pode jogar individualmente, em par ou por equipes. A grande diferença dos outros esportes é que em todas se permite provas mistas.
Se a partida é individual se jogam que de acordo com as regras da CP-ISRA Cerebral Palsy - International Sport and Recreation Association, só participam dessas modalidades pessoas portadoras de paralisia cerebral severa nas classes C1 e C2 de ambos os sexos, portadores de deficiências degenerativas severas com comprometimento nos quatro membros e portadores de tetraplegia acima ou através da vértebra C5. atro p
O Brasil ganhou três medalhas na Paraolimpíada de Pequim, uma de bronze com Eliseu Santos que venceu o espanhol José Maria Dueso por 7 a 1 e uma de ouro com Dirceu Pinto. Ele garantiu o título ao vencer Leung Yuk Wing, de Hong Kong por 3 a 1 na decisão. Estes atletas disputam a categoria BC4 (distrofia muscular) e também jogam o torneio de duplas, com isso, garantiram mais uma medalha de ouro para o Brasil, vencendo os portugueses Bruno Valetim e Fernando Pereira por 5 a 2. Em suma, a Bocha trouxe três medalhas para o Brasil!
arciais ou sets, e se a partida é por equipe se jogam seis. As equipes são formadas pôr três jogadores